Era Uma Vez…
Era uma vez… uma princesa e um marinheiro. Ela tinha
lindos cabelos castanhos, ondulados e compridos; olhos magnetizantes e pretos.
A sua altura era mediana e apesar da sua aparência frágil, ela era forte,
teimosa e determinada. Ele tinha cabelo liso e castanho escuro, era alto
comparado a ela e tinha lindos olhos castanhos. Ele adorava muito fazê-la
rir. Era carinhoso e protector. Mas apesar de tudo, ambos se amavam muito.
Era um amor proibido…
Já Se Conheciam…
[De facto ambos já se conheciam mas nunca se tinham visto…]
Reencontraram-se num baile no palácio da Princesa. Nesse
dia ela vestira para arrasar, para arranjar um príncipe que gostasse… E foi
precisamente o que aconteceu. Ela já reparara que todos olhavam para ela e para
o seu lindo vestido. Decidira apanhar o cabelo para assim melhor verem-se-lhe
as costas nuas.
Ela e a sua tia falavam de coisas que só a aborrecia e
ficou tão feliz quando sentiu um toque leve no ombro. Sabia que era ele. Só
podia ser. Virou-se lentamente e olhou-o nos olhos. Era ele! Aquele por quem
sempre esperara! Sorriram um para o outro e sem dizer uma única palavra, de
mãos dadas, deslizaram por entre a multidão até às portas traseiras.
Correram sem olhar para trás. Correram tão depressa para
fugir à sua realidade. Correram. Riram. Lado a lado, correram em direcção da
floresta mágica e densa.
A Primeira Valsa
Só pararam de
correr quando chegaram ao rio pertencente à floresta. Já não se aguentavam em
pé e deixaram-se cair na relva debaixo deles. Quando conseguiram recuperar
fôlego, conversaram e riram tanto. De repente ele levantou-se num salto,
estendeu a mão e disse: “Poderá dar-me a honra desta valsa?”
Riram-se. Ele ajudou-a a levantar-se e ambos começaram
lentamente a dançar a valsa, tão felizes por estarem nos braços um do outro.
O Anel
Passou algum
tempo depois daquele dia. Encontravam-se às escondidas…
Já era inverno e ele partira para o mar, como era costume.
Escreviam cartas um ao outro com muita frequência mas na última ele mandou algo
embrulhado num lenço branco de tecido. E agora ela estava sentada numa pedra da
praia de areia branca, olhando para o mar a tentar imaginar o que poderia ser.
Quando finalmente decidira abrir o embrulho descobriu que
era um anel de ouro branco com um simples e pequeno diamante. Ela meteu-o no
dedo super feliz e olhou novamente para o mar imaginando como seria se pudesse
ser sereia e acompanhar o seu amado em todas as suas viagens pelo alto mar…
O Triste Regresso
Quando ele
retorna ao palácio de Princesa não vem com muitas boas notícias… Tinha sido
eleito para capitão de um navio que partiria em breve.
“Não sei quando ou se
voltarei… Poderei estar no mar por muito tempo e não quero que esperes por mim.
Mereces ser feliz, meu amor.” - Diz-lhe tristemente o Marinheiro, mas ela não
consegue dizer nada, apenas chora.
“NÃO… QUERO… MAIS…
NINGUÉM!” - guincha por entre os soluços.
(As empregadas, curiosas, espreitam da varanda a cena toda.)
Ele abraça-a mas ela debate-se nos seus braços.
“Preciso que sigas em
frente.” - Ele sussurra-lhe e ela pára de se mexer e apenas chora nos seus
braços. Pára de chorar.
Ele afasta-se um
pouco dela e estende-lhe a mão: “Concede-me a última
valsa?” -Sorri.
Ela acena que sim com a cabeça e ambos começam a dançar.
(Entretanto as empregadas satisfeitas, sorriem e voltam ao seu trabalho.)
Dançam até a hora de ele partir. Ele beija-lhe a testa,
sorri tristemente e segue o seu caminho enquanto ela o observa. Quando o perde
de vista, deixa-se cair no chão e chora. Chora até perder o fôlego.
Horas após de chorar, levanta-se e dirige-se às
masmorras…
FIM!
...Ou continua?
Sem comentários:
Enviar um comentário