quarta-feira, 4 de abril de 2012

Era Uma Vez… A Princesa e o Marinheiro


Era Uma Vez…

Era uma vez… uma princesa e um marinheiro. Ela tinha lindos cabelos castanhos, ondulados e compridos; olhos magnetizantes e pretos. A sua altura era mediana e apesar da sua aparência frágil, ela era forte, teimosa e determinada. Ele tinha cabelo liso e castanho escuro, era alto comparado a ela e tinha lindos olhos castanhos. Ele adorava muito fazê-la rir. Era carinhoso e protector. Mas apesar de tudo, ambos se amavam muito.
Era um amor proibido…



Já Se Conheciam…
[De facto ambos já se conheciam mas nunca se tinham visto…]

Reencontraram-se num baile no palácio da Princesa. Nesse dia ela vestira para arrasar, para arranjar um príncipe que gostasse… E foi precisamente o que aconteceu. Ela já reparara que todos olhavam para ela e para o seu lindo vestido. Decidira apanhar o cabelo para assim melhor verem-se-lhe as costas nuas.
Ela e a sua tia falavam de coisas que só a aborrecia e ficou tão feliz quando sentiu um toque leve no ombro. Sabia que era ele. Só podia ser. Virou-se lentamente e olhou-o nos olhos. Era ele! Aquele por quem sempre esperara! Sorriram um para o outro e sem dizer uma única palavra, de mãos dadas, deslizaram por entre a multidão até às portas traseiras.
Correram sem olhar para trás. Correram tão depressa para fugir à sua realidade. Correram. Riram. Lado a lado, correram em direcção da floresta mágica e densa.


A Primeira Valsa

Só pararam de correr quando chegaram ao rio pertencente à floresta. Já não se aguentavam em pé e deixaram-se cair na relva debaixo deles. Quando conseguiram recuperar fôlego, conversaram e riram tanto. De repente ele levantou-se num salto, estendeu a mão e disse: “Poderá dar-me a honra desta valsa?”
Riram-se. Ele ajudou-a a levantar-se e ambos começaram lentamente a dançar a valsa, tão felizes por estarem nos braços um do outro.


O Anel

Passou algum tempo depois daquele dia. Encontravam-se às escondidas…
Já era inverno e ele partira para o mar, como era costume. Escreviam cartas um ao outro com muita frequência mas na última ele mandou algo embrulhado num lenço branco de tecido. E agora ela estava sentada numa pedra da praia de areia branca, olhando para o mar a tentar imaginar o que poderia ser.
Quando finalmente decidira abrir o embrulho descobriu que era um anel de ouro branco com um simples e pequeno diamante. Ela meteu-o no dedo super feliz e olhou novamente para o mar imaginando como seria se pudesse ser sereia e acompanhar o seu amado em todas as suas viagens pelo alto mar…


O Triste Regresso

Quando ele retorna ao palácio de Princesa não vem com muitas boas notícias… Tinha sido eleito para capitão de um navio que partiria em breve.
“Não sei quando ou se voltarei… Poderei estar no mar por muito tempo e não quero que esperes por mim. Mereces ser feliz, meu amor.” - Diz-lhe tristemente o Marinheiro, mas ela não consegue dizer nada, apenas chora.
“NÃO… QUERO… MAIS… NINGUÉM!” - guincha por entre os soluços.

(As empregadas, curiosas, espreitam da varanda a cena toda.) 

Ele abraça-a mas ela debate-se nos seus braços.
“Preciso que sigas em frente.” - Ele sussurra-lhe e ela pára de se mexer e apenas chora nos seus braços. Pára de chorar.
Ele afasta-se um pouco dela e estende-lhe a mão: “Concede-me a última valsa?” -Sorri. 
Ela acena que sim com a cabeça e ambos começam a dançar. (Entretanto as empregadas satisfeitas, sorriem e voltam ao seu trabalho.)
Dançam até a hora de ele partir. Ele beija-lhe a testa, sorri tristemente e segue o seu caminho enquanto ela o observa. Quando o perde de vista, deixa-se cair no chão e chora. Chora até perder o fôlego.

Horas após de chorar, levanta-se e dirige-se às masmorras…


FIM! 
...Ou continua? 




Sem comentários:

Enviar um comentário